Publicado no Encontro de Saberes 2017
Evento: XVIII Seminário de Extensão
Área: SEMINÁRIO DE EXTENSÃO
Subárea: Educação
| Título |
| Memórias e escrituras da vida |
| Autores |
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ANA CAROLINA ALVES SILVA (Autor) Marco Flávio Alvarenga (Orientador) Isabella Mayrink Marcuci da Silveira (Co-Autor) |
| Resumo |
| O Projeto "leituras da vida " é referente aos trabalhos a serem desenvolvidos no Lar São Vicente de Paulo no ano de 2017, pelo Projeto Cia. da Gente, fomentado pela Fundação Gorceix. As atividades consistem em experimentações de práticas pedagógicas em contato com os contextos socioculturais dos residentes que se encontram, em grande medida, num estágio fragilizado. Os métodos de ação e desenvolvimento trabalhados foram a palhaçaria e a arteterapia, acreditando que ambas, contribuiriam para estabelecer um diálogo maior com os espaços que não haviam sido contemplados pelo projeto, como as alas. Também foi iniciado o processo de alfabetização, resgatando assim, a memória e contribuindo para a autoestima dos moradores do lar. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra alfabetizar significa a atividade de se ensinar a ler e a escrever, mas para nós atuantes no Lar e principalmente para os idosos que se tornaram os “educandos”, alfabetizar vai além do seu significado, vai de encontro ao poder de transformação que a palavra carrega. A alfabetização não deve se restringir apenas ao processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem sob seu aspecto material, mas também de criar possibilidades para que os indivíduos possam exercer a leitura e a escrita de maneira a se inserir e participar na sociedade. Alfabetizar é um processo lento, trabalhando sempre com a repetição, onde a memória se torna protagonista, a memorização e a concretização do conhecimento devem estar sempre presentes. A atuação e as ações no Lar buscam cada vez mais acolher os momentos e as possibilidades dos idosos de resinificarem o espaço onde convivem, e o afeto é o condutor nesse trajeto. A velhice não é, necessariamente, um período de declínio e decadência. A velhice não é, necessariamente, um período de declínio e decadência, deve ser vista de forma natural, como parte dos ciclos e então velhice e os corpos dos idosos deixam o posto de seres marginalizados e se tornam o que já são: vida e ser. |
