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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Medicina

Título
Prevalência da dispensação de Benzodiazepínicos na população de Ponte Nova - MG
Autores
Vitor Carvalho Alvarenga (Autor)
Geisla Teles Vieira (Orientador)
Isabella Campos Rodrigues (Co-Autor)
Resumo
A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada pela demência ou perda das funções cognitivas a partir da morte progressiva de neurônios corticais. Acomete cerca de 1,2 milhões de brasileiros, sendo a população idosa a mais afetada. De acordo com estudos atuais, os benzodiazepínicos, classe de fármacos utilizados no tratamento da ansiedade – como o Diazepam e o Clonazepam – estão sendo apontados como determinantes para o desenvolvimento da DA, se administrados em uso prolongado ou contínuo. Objetiva-se com este trabalho identificar a quantidade de benzodiazepínicos dispensados para a população de Ponte Nova/MG. Foi realizado um estudo ecológico, de caráter analítico, tendo como unidade amostral a cidade de Ponte Nova. Os dados foram coletados através do banco de dados da Farmácia de Minas de Ponte Nova, vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS), para a dispensação do Bromazepam 3 mg, Clonazepam 2 mg, Diazepam 10 mg, Clonazepam Gotas 2,5 mg/ml; em 2015 e 2016. Foi realizada análise estatística descritiva através do teste ANOVA ONE-WAY pelo software Sigma Plot versão 7. Em 2015 e em 2016, Clonazepam 2 mg foi o ansiolítico mais dispensado (49,21% / 52,47%), seguido pelo Diazepam 10 mg (32,24% / 29,98%), Bromazepam 3 mg (18,39% / 17,22%) e Clonazepam Gotas 2,5 mg/ml (0,16% / 0,20%). A dispensa de Clonazepam 2 mg comprimido foi estatisticamente significativo (p < 0,05) em relação aos outros fármacos. O consumo de ansiolíticos foi maior em 2016 (665.188) em relação a 2015 (647.631), mostrando uma tendência no aumento de consumo de benzodiazepínicos pela população de Ponte Nova. Este estudo sugere que há o costume dos médicos da cidade em prescreverem benzodiazepínicos, pois constatou-se um aumento de 2,71% da prevalência de ansiolíticos dispensados. Haja visto o elevado consumo dos benzodiazepínicos no Brasil e seu alto grau de dependência, além da sua relação com a DA, é necessário acompanhar a frequência e prevalência de dispensação destes medicamentos nas populações.
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