Publicado no Encontro de Saberes 2017
Evento: II Mostra da Pós-Graduação
Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
Subárea: Artes Cênicas
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
| Título |
| A sala de ensaio: o espaço informe do ato na criação teatral |
| Autores |
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NICOLAS CORRES LOPES (Autor) Rogerio Santos de Oliveira (Orientador) |
| Resumo |
| A sala de ensaio, para além de qualquer pré concepção arquitetônica ou física, é o espaço laboratorial, lugar onde o ator faz uma experienciação, lugar de vivência em movimento, onde o ator não esta separado de seu processo de subjetivação em sua atuação cênica. A pluralidade do trabalho do ator é um fato, é preciso estar atento a polifonia do encontro de diferentes elementos no espaço da sala, para que a criação aconteça as relações que ali se estabelecem precisam ser sustentadas em suas afetações. A performance surge nesta pesquisa não como uma linguagem estética, mas, como um dispositivo de criação, levando a perceber que o mergulho em si faz-se necessário ao ator que se queira um criador e não apenas um reprodutor. É a partir daí que esta pesquisa pretende discutir como a vida e a arte se afetam na figura do ator, potencializando a figura de um ator/criador, através da analise de dois processos criativos em que participo, um como ator e outro como performer/pesquisador, onde procuro discutir as interseções entre a vida e o trabalho do ator e como nossos corpos se constroem dentro deste processo em uma perspectiva de reinvenção, que nos coloca em lugar de criadores de nossas realidades, seja em qual esfera for. Os diários de bordo dos envolvidos nos dois processos, assim como conversas com eles estão sendo utilizados como fonte de pesquisa sobre a percepção dos artistas envolvidos nas obras, este material esta sendo pensado sobre a luz de alguns teóricos do teatro e da filosofia como Artaud e Deleuze a citar dois exemplos. Não se pretende com esta pesquisa alcançar lugares fixos ou respostas para que se possa construir uma metodologia codificada a ser reproduzida, mas discutir justamente como esse caráter experimental, subjetivo e singular que vivemos dentro da sala de ensaio se torna mais potente quando acionamos a vida como maior espaço de treinamento para este ator criador, buscando entender como este diálogo confere mais verdade ao seu trabalho. |
