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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Economia

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
Raúl Prebisch, Celso Furtado frente à crise do desenvolvimentismo da década de 1960
Autores
Fágner João Maia Medeiros (Autor)
Daniel do Val Cosentino (Orientador)
Resumo
Raúl Preisch e Celso Furtado são renomados economistas com grande impacto intelectual com relação ao desenvolvimento da América Latina. Na década de 1950, tais autores dentro da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) colaboram com suporte teórico para a formulação de um projeto de desenvolvimento para a região que consistiu num processo de industrialização conduzido deliberadamente pelo Estado, sendo a única via de superação do subdesenvolvimento. Entretanto, o decênio seguinte marca uma profunda crise deste projeto que se desdobrando em uma crise teórica, isto é, havia uma Crise no Pensamento Desenvolvimentista. Em vista disso, em busca de compreender como dois renomados intelectuais expoentes do pensamento desenvolvimentista interpretam tal crise, o estudo assume por objetivo identificar aproximações e distanciamentos entre o pensamento de Raúl Prebisch e Celso Furtado ulteriores à Crise do Pensamento Desenvolvimentista da década de 1960 na América Latina. Este estudo partiu de um levantamento bibliográfico com relação as obras dos autores, assim consolidando em uma pesquisa bibliográfica. O estudo aponta que, embora por vias distintas, Prebisch e Furtado veem nesta crise da década de 1960 um bloqueio estrutural do processo de desenvolvimento. Furtado denota uma tendência inexorável à estagnação, vinculada a uma estrutura concentrada que vem determinando o perfil da estrutura produtiva. No caso de Prebisch, está associado a limitações na estrutura social que vinham resultando em uma crise de insuficiência dinâmica, refletida pelo desemprego estrutural. Como conclusão, o estudo demonstra que tais autores presenciam nesta crise uma tomada de consciência, havia agora a necessidade de compreender a estrutura social da região e os seus mecanismos que atuam entorpecendo o desenvolvimento. Isto é, ocorre uma inflexão no pensamento de ambos os autores, afastando-os do quadro inicial da Cepal, e passando a aplicar um receituário de cunho reformista.
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