Publicado no Encontro de Saberes 2017
Evento: XXV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Nanobiotecnologia
Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Título |
FUNCIONALIZAÇÃO DE NANOBASTÕES DE OURO COM IMUNOGLOBULINAS PARA O DIAGNÓSTICO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE |
Autores |
JORGE FERNANDO DE SOUZA SILVA (Autor) Cyntia Silva Ferreira (Co-Orientador) Breno de Mello Silva (Orientador) Luiz Orlando Ladeira (Co-Autor) Erica Milena de Castro Ribeiro (Co-Autor) Jéssica Aparecida de Bessa Cabral (Co-Autor) Bruna de Paula de Dias (Co-Autor) |
Resumo |
Doenças negligenciadas são geralmente endêmicas em populações de baixa renda que vivem em países em desenvolvimento. Entre tais doenças está a paracoccidioidomicose (PCM), uma micose granulomatosa sistêmica causada pelo fungo termodimórfico Paracoccidioides brasiliensis, de alta prevalência na América Latina, sobretudo no Brasil. Atualmente, as técnicas diagnósticas da PCM baseiam-se na observação direta do fungo à microscopia óptica e em imunoensaios que, muitas vezes, causam reações cruzadas com outros agentes, possuindo, portanto, baixa especificidade. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de um sistema altamente sensível e específico para o diagnóstico da PCM. Nanobastões são nanopartículas de formato cilíndrico com diâmetro de 10 nm e comprimento entre 30 e 100 nm, com alta biocompatibilidade e capacidade de imobilizar biomoléculas de alto peso molecular. Valendo-se da propriedade de ressonância plasmônica de superfície, os nanobastões de ouro são excelentes candidatos à construção de um biossensor capaz de detectar baixas concentrações do antígeno gp43, específico do P. brasiliensis. O objetivo deste trabalho foi a padronização de um nanobiossensor por meio da funcionalização de nanobastões de ouro com o anticorpo anti-gp43 para o desenvolvimento futuro de um sistema diagnóstico para a PCM. Os nanobastões de ouro foram produzidos quimicamente a partir do método mediado por semente, por meio da redução do HAuCl4 com ácido ascórbico (C6H8O6). Em seguida, os nanobastões foram purificados e funcionalizados com o anticorpo anti-gp43 e a eficácia de tal funcionalização foi verificada através da análise espectrofotométrica (UV-Vis). Posteriormente, o sistema foi testado para a detecção do analito purificado, e mostrou-se eficiente. No entanto, essa capacidade de detecção não foi encontrada quando o sistema foi avaliado com soro de pacientes infectados, ressaltando a necessidade de aprimoramento do biossensor. |