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Publicado no Encontro de Saberes 2017

Evento: II Mostra da Pós-Graduação

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Filosofia

Órgão de Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Título
Fenomenologia transcendental e Arte em Edmund Husserl
Autores
MIRIAM CRISTINA SILVA OLIVEIRA (Autor)
José Luiz Furtado (Orientador)
Resumo
A presente pesquisa se insere na área de concentração em Estética e Filosofia da Arte. Husserl afirma, nas Ideais I, que a fenomenologia quer explorar as condições sobre as quais ocorre o processo de doação do mundo à uma subjetividade. Essa doação se faz através das diversas formas de intuições, ou seja, consciências intencionais devidamente preenchidas: percepção, imaginação, recordação, juízos, etc. Nos dedicamos principalmente à análise eidética dos atos de percepção, imaginação e recordação através dos quais, a fenomenologia irá fazer um retorno à experiência do sujeito descrevendo os dados da experiência. Durante a execução do projeto foram feitas leituras e análise das obras de Edmund Husserl, devidamente acompanhadas pelo orientador. Houve produção de resenhas e de textos, de maneira que, os conceitos pesquisados foram correlacionados à estética de modo geral. Estas pesquisas sugerem que o pensamento de Husserl reserva um papel de destaque à percepção estética e à imaginação em relação às obras de arte. Os resultados sugerem que: há diversas referências à arte ao longo da obra de Husserl; O primado da percepção é a principal tese da fenomenologia de Husserl. Pois, podemos afirmar que na perspectiva fenomenológica a percepção nos dá o objeto em “carne e osso” é o apresentar e, a lembrança ou a imaginação seria um presentificar; A doutrina da intencionalidade revelou uma imaginação criativa, porém secundária em relação à percepção; A concepção de intencionalidade renovou a noção de imagem de maneira determinante, pois a consciência intenciona em imagem certas representações internas e, também certos objetos do mundo; Husserl colocou percepção e imaginação como forma potencial de “contato” com a presença corporal em oposição ao pensamento intelectual vazio ou puramente significante. Podemos concluir que a arte se mostrou um campo fecundo para investigação da fenomenologia transcendental, isto é, a fenomenologia da consciência constituinte.
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